domingo, 6 de janeiro de 2013

Campo de Gavião Real torna-se 1º produtor de gás na Bacia do Parnaíba
04/01/2013                   


A produção de gás no campo de Gavião Real - operado pela OGX Maranhão -, que teve início no último trimestre no ano passado, obteve destaque em novembro. Segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o campo, situado no município de Santo Antônio dos Lopes, tornou-se o primeiro produtor na Bacia do Parnaíba, com uma vazão inicial de 10 Mm³ por dia de gás natural no referido mês. Já a Bacia de Barreirinhas começará a produzir gás natural na sua parte terrestre em 20 dias (ver texto correlato).
O campo com maior produção de gás natural no país em novembro, segundo a agência, foi o de Manati, na bacia de Camamu, no litoral da Bahia, com média de 6,3 Mm³/d, e o campo com maior produção de petróleo Marlim Sul, na Bacia de Campos, no litoral do Rio de Janeiro, com média de 304,7 Mbbl/d.
A produção de gás natural no Campo de Gavião Real foi iniciada no ano passado com o comissionamento da Unidade de Tratamento de Gás (UTG) e das turbinas da Usina Termoelétrica Parnaíba da MPX. Mas a geração comercial de energia elétrica deve se dar no início deste ano, e o projeto se tornará o primeiro de produção de gás natural integrado à geração de energia elétrica desenvolvido no Maranhão.
A autorização do início da produção e do escoamento de gás natural nos Campos Gavião Real e Gavião Azul foi dada no fim de setembro à OGX Maranhão por meio da Licença de Operação, emitida pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão (Sema). No âmbito exploratório, a OGX informou que continua com expectativas elevadas nas atividades na Bacia do Parnaíba, com a perfuração de novos prospectos.
Pré-sal - Segundo a ANP, a produção de petróleo e gás natural no Pré-sal em novembro aumentou 25,6% em relação ao mês anterior, estabelecendo um novo recorde. Foram produzidos 227,6 Mbbl/d de petróleo e 7,1 MMm³/d de gás natural, totalizando 272,1 Mboe/d. Dois novos poços iniciaram a produção nos campos de Jubarte e Marlim Leste, elevando o total de poços em reservatórios do Pré-sal para 15, sendo 2 em Jubarte, 4 em Lula, 2 em Marlim Leste, 1 em Barracuda, 4 em Baleia Azul, 1 em reservatório compartilhado pelos campos de Caratinga e Barracuda e 1 em reservatório compartilhado pelos campos de Marlim e Voador.
A produção de gás natural no Brasil foi de 73,3 MMm³/d, superando em 0,5% o recorde obtido em outubro, de 73 MMm³/d. Em relação a novembro de 2011 o aumento foi de 8%. Já a produção de petróleo cresceu 1,7% em relação a outubro de 2012, registrando cerca de 2.045 Mbbl/d. Somadas, as produções de petróleo e gás natural totalizam aproximadamente 2.506 Mboe/d.
Em novembro de 2012, 315 concessões operadas por 28 empresas foram responsáveis pela produção nacional por meio de 771 poços marítimos e 8.268 terrestres. Aproximadamente 91% da produção de petróleo e 77% da produção de gás natural foram exploradas de campos marítimos e cerca de 94% de campos operados pela Petrobras.

Bacia de Barreirinhas começará a produzir

Em 20 dias, o Maranhão começará a produzir gás natural na parte terrestre da Bacia de Barreirinhas. O consórcio formado pelas empresas Engepet/Perícia iniciou ontem intervenção no poço 1-OC-1-MA, seis anos após ter arrematado blocos no Campo de Oeste de Canoas, na Bacia de Barreirinhas (terrestre), referente à 2ª Rodada de Licitações de Áreas Inativas, realizada pela ANP.
O diretor comercial da Engepet, Cléber Bahia Silva Júnior, explicou que a sonda concluirá a operação nesse poço em 20 dias e em seguida será deslocada para um segundo poço em Oeste de Canoas. "Até o fim de janeiro, deveremos partir para intervenções também em poços na área de Espigão", informou.
Gasmar - Cléber Bahia disse que apesar de o gás natural ser disponibilizado no Campo de Oeste de Canoas num prazo de 20 dias, a sua distribuição/comercialização dependerá ainda de contrato de suprimento a ser firmado com a Companhia Maranhense de Gás (Gasmar).
A Gasmar ainda avalia de que forma a comercialização do gás será mais competitiva: se transportado por gasoduto ou por caminhões. O produto, inicialmente deve atender o mercado automotivo (Gás Natural Veicular - GNV).
Os campos de Oeste de Canoas e Espigão têm reserva estimada em 350 milhões de m³ de gás, sendo que o primeiro foi arrematado pelo Consórcio Engepet/Perícia, e o segundo pela Panergy. O investimento na exploração das duas áreas é estimado em R$ 25 milhões.
Área - De acordo com informações da ANP, a área de Oeste de Canoas, de 80,56 km² de extensão, situa-se em sua grande parte no município de Barreirinhas. O antigo campo, descoberto pela Petrobras em 4 de junho de 1971, cujo poço 1-OC-001-MA foi classificado como descobridor de campo com gás natural e considerado produtor subcomercial de gás, embora em testes de formação e esgotamento tenha produzido 3,7 milhões de m³.
Na área, há ainda os poços 1-RJ-1-MA, 1-RC-1-MA e 1-QB-1-MA, sendo que este último foi considerado produtor subcomercial de gás pelo antigo operador. Os demais foram considerados secos, sendo que o 1-RC-1-MA apresentou alguns indícios de hidrocarbonetos.
Já o antigo Campo de Espigão, também na Bacia de Barreirinhas, foi descoberto em 31 de maio de 1969, por intermédio do poço pioneiro 1-EO-1-MA e não foi colocado em produção por ser considerado produtor subcomercial de gás. Neste campo foram realizados 148,2 km de linhas sísmicas 2D e perfurados cinco poços.
A nova área de Espigão, com 21,35 km² de extensão e localizada no Município de Santo Amaro inclui quatro dos poços do antigo campo (1-EO-1-MA, 3-EO-3-MA, 3-EO-4-MA e 3-EO-5-MA). Entre estes poços, destacam-se o 1-EO-1-MA e o 3-EO-5-MA (descobridor de campo com gás).
Fonte: O Estado do Maranhão
http://www.sedinc.ma.gov.br/paginas/view/paginas.aspx?id=1763&p=

Nenhum comentário:

Postar um comentário