domingo, 7 de abril de 2013

ITAQUI DIVERSIFICA ATUAÇÃO COM CELULOSE E FERTILIZANTE

02/04/2013 às 00h00
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Por Beatriz Cutait | De São Paulo



Após o início das obras do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), o Porto do Itaqui, localizado em São Luís (MA), se prepara para dois projetos com investimentos da ordem de R$ 400 milhões que também estão contribuindo para mudar o perfil do empreendimento. A partir de novembro, o porto começa a escoar celulose da Suzano Papel e Celulose, que inaugura fábrica no município de Imperatriz com capacidade de produção de 1,5 milhão de toneladas anuais. A empresa paulista se prepara para investir cerca de R$ 200 milhões na construção de um terminal de celulose com capacidade para até 3 milhões de toneladas ao ano.

O processo ainda será submetido a uma licitação, mas, neste momento, a Suzano é a única interessada no terminal, segundo o presidente da Emap (Empresa Maranhense de Administração Portuária), Luiz Carlos Fossati, que administra o porto. Ele ressalta que os recursos deverão ser destinados a áreas de estocagem para celulose e pellets.

Paralelamente, o porto se prepara para a construção de um terminal de fertilizantes para atender a demanda do Maranhão e do eixo Centro-Norte (Piauí, Tocantins, Goiás e Pará). A movimentação desse tipo de carga no Itaqui aumentou 31% em 2012. O terminal terá capacidade para movimentar até 5 milhões de toneladas por ano e tem previsão de iniciar a operação entre 2015 e 2016.

De acordo com o diretor de Planejamento e Desenvolvimento da Emap, Daniel Vinent, a licitação para o projeto deverá ser lançada no primeiro semestre de 2014 e a implementação se dará nos mesmos moldes do Tegram.

No caso do terminal de fertilizantes, a estimativa é de que sejam necessários investimentos de R$ 200 milhões. Vinent diz que o porto já tem sido procurado por empresas nacionais e internacionais interessadas no empreendimento. "Os quatro grupos estabelecidos no Tegram já manifestaram interesse em também participar do terminal de fertilizantes", afirmou o diretor.

O aporte de R$ 322 milhões no terminal de grãos com capacidade para movimentar até 10 milhões de toneladas está sendo feito via parceria entre Glencore, CGG Trading, Consórcio Crescimento (formado pela francesa Louis Dreyfus Commodities e a Amaggi Exportação) e NovaAgri.

Em 2012, o porto público do Itaqui teve movimentação de 15,7 milhões de toneladas, número 13% superior ao de 2011. Com a ampliação das operações com fertilizantes e a captação da nova carga, a expectativa é de incremento de até 8 milhões de toneladas ao ano no volume.

De acordo com Vinent, o perfil do porto maranhense mudou em 2012, quando o granel sólido passou a responder pela maior movimentação, ultrapassando o volume de granel líquido.

Além dos terminais de grãos e fertilizantes e do escoamento de celulose, o plano da Emap compreende um terminal de contêiner em Itaqui no médio prazo, por volta de 2018. O porto, atualmente com sete berços de atracação e outro em construção, também poderá ter sua retroárea ampliada.

Com investimento próprio de até R$ 150 milhões ao ano no porto, a Emap tem faturamento da ordem de R$ 100 milhões em cada exercício e prevê um aumento para R$ 400 milhões, até 2031.

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