quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Planta da Suzano no MA irá compensar energia de Capim Branco


FOTO AÉREA DA FABRICA DA SUZANO EM CONSTRUÇÃO EM IMPERATRIZ, MAIS INFORMAÇÕES NO BLOG http://www.suzanoblog.com.br/nossa-fabrica-no-maranhao/
 

 A energia que a Suzano Papel e Celulose gerará com a planta de celulose em Imperatriz, no Maranhão, a ser inaugurada no fim deste ano, deve mais que compensar a energia que a empresa obtinha com o Consórcio de Capim Branco, segundo o presidente da Suzano Energias Renováveis. O Grupo Suzano decidiu sair do mercado de autoprodução de energia elétrica e colocou à venda a participação de 18% que detém na Usina Hidrelétrica Capim Branco, instalada no rio Araguari (MG). A Suzano é sócia da Cemig, da Vale e do Grupo Votorantim no projeto com capacidade instalada total de 450 MW.
Segundo André Dorf, presidente da Suzano Energia Renovável, a venda dessa participação faz parte de um plano de "blindagem financeira" do grupo, que envolve ainda acordos com os bancos BTG e o BNDES. A venda de fatia da hidrelétrica, negócio avaliado em R$ 320 milhões, tem como objetivo dar solidez financeira ao Grupo Suzano até o ano de 2016, informa Dorf.
"A gente investiu [no Consórcio] visando garantir energia", explicou André Dorf. "Com a planta no Maranhão, vamos ter excedente de energia de 100 mega [watts] que vai ajudar a substituir os 50 mega [de Capim Branco]", ressaltou.
A participação da Suzano no Consórcio representa 81 MW de potência instalada e 51 MW médios de energia assegurada de duas usinas hidrelétricas.
No setor de celulose, é comum que as empresas utilizem a energia gerada no processo de produção do insumo para se tornarem autossuficientes.
Interesse - A Suzano deve obter a resposta dos demais parceiros no Consórcio Capim Branco em aproximadamente 30 dias, definindo assim a venda de sua participação total no projeto.
Segundo André Dorf, por enquanto apenas a empresa estatal de Minas Gerais aceitou a oferta da fabricante de papel e celulose. A empresa de energia também demonstrou interesse em eventuais sobras.
"A gente comunicou os outros consorciados que tínhamos o interesse de vender. Eles têm 30 dias para se manifestar. O importante para nós é que a Cemig já assegurou que pega as sobras", disse.
A Cemig pagará R$ 82 milhões por 25,6% da participação total da Suzano. De acordo com Dorf, o interesse da estatal no restante da fatia da Suzano já garante os R$ 320 milhões.
A operação faz parte do pacote de blindagem financeira da fabricante de papel e celulose, que inclui a venda de ativos considerados não estratégicos. Dorf evitou dar perspectivas sobre o impacto que a venda terá no nível de alavancagem da empresa.

Mais

Com a operação da unidade de produção de celulose em Imperatriz, a Suzano produzirá toda a energia consumida nas unidades industriais, incluindo as fábricas de papel. Além de garantir o próprio abastecimento, terá excedente de energia do complexo de Imperatriz para negociar no mercado.
Fonte: O Estado do Maranhão


 

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