terça-feira, 9 de julho de 2013

Conheça a história e algumas obras do ex-prefeito de São Luís Haroldo Tavares

ISTÓRIA »Conheça a história e algumas obras do ex-prefeito de São Luís Haroldo Tavares
Arleysson Rodrigo

Publicação: 09/07/2013 12:46
 
O engenheiro e exprefeito de São Luís, Haroldo Tavares seguiu a mesma carreiraque o pai, Jayme Tavares, que foi prefeito de São Luís, de 1926 a 1930, no Governo Magalhães de Almeida. Haroldo Tavares faleceu na noite desta segunda-feira (8), aos 80 anos, vitima de câncer.

Já formado pelo curso de engenharia civil pela Faculdade de Engenharia de Minas Gerais, Haroldo retorna a São Luís nas proximidades da assunção, em 1966, ao governo do Maranhão, do jovem José Sarney, que o convida, dadas às excelentes informações profissionais e culturais, a ocupar o cargo de secretário de Viação e Obras Públicas.

Depois do convite Haroldo aceita o desafio de secretario de Viação e Obras Públicas, sabendo que enfrentaria uma batalha difícil, a começar pela falta de pessoas qualificadas para realizar as metas do governo.

Em todo o Estado, existiam apenas 35 engenheiros. Era urgente a criação de uma Escola de Engenharia Civil no estado, projeto que materializou e deu atenção inovadora e tecnológica.

Com toda sua sabedoria e experiências Haroldo partiu para formação da equipe técnica, convocando profissionais e mobilizando recursos, interna e externamente competentemente.

Em pouco tempo, a Secretaria de Viação e Obras destacava-se e realizava numerosas ações em favor dodesenvolvimento do Maranhão.

Obras

Em quatro anos, obras estruturantes que mudaram a fisionomia do Estado e, particularmente, São Luís. Que sejam lembradas: o asfaltamento das ruas da cidade, a conclusão da ponte sobre o rio Anil, no Caratatiua, as construções da Barragem do Bacanga e do Porto do Itaqui, a edificação da vila do Anjo da Guarda e de novos conjuntos habitacionais, a reforma do Teatro Artur Azevedo, a pavimentação da rodovia São Luís-Teresina, e a construção da ponte do São Francisco, integrando as praias à cidade.

Essas obras marcaram indelevelmente a sua extraordinária gestão na Secretaria de Viação, e o conjunto delas preparou a cidade para a expansão do promontório espremido entre o Bacanga e o Anil. Em outras palavras, evidenciou a importância ímpar do Porto do Itaqui como vetor de desenvolvimento.

O notável desempenho do jovem engenheiro no governo do Estado, que conquistou a fama de “sonhador” (bendito seja), conduziu-o à prefeitura de São Luis, a convite do governador Pedro Neiva de Santana, seu cunhado e também ex-prefeito da Capital, de 1937 a 1945, na administração do interventor Paulo Ramos. Em março de 1971, assume o cargo, sabendo de antemão que a cidade teria, com o Porto do Itaqui, papel de relevo na exportação do minério de Carajás, e, como decorrência natural, a instalação de uma siderúrgica.

Esses fatos impuseram uma nova concepção urbanística para São Luís, merecendo do prefeito atenção e proteção da nossa maior riqueza arquitetônica: a cidade antiga. Por essa razão, o projeto do Anel Viário cumpriu a função histórica de afastar do centro as certamente inevitáveis agressões econômicas, travestidas de progresso.
 

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